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| Kleber Mendonça Filho: O Agente Secreto / The Secret Agent (BR/FR/NL/DE 2025) with Wagner Moura as Marcelo. |
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Larry Gross (TFF 2025): "Marcelo, a middle-aged widower, returns home to reconnect with his young son and father-in-law and investigate unresolved questions about his deceased mother’s past. But something feels off. This is Brazil in the 1970s, and the military dictatorship has been marked by reprisals, paranoia and corruption. Writer-director Kleber Mendonça Filho’s feverishly enthralling melodrama, spiked with energetic bits of ‘70s-style horror and exploitation, is set in his hometown of Recife. The story has nothing to do with Joseph Conrad’s classic 1903 spy novel The Secret Agent, but the film shares, in uncanny fashion, Conrad’s power to evoke history, both personal and political, as a nightmare from which each of us is desperately trying to escape. Mendonça Filho has filled his cast with idiosyncratic and unforgettable characters, and Marcelo, played superbly by Wagner Moura (who played Pablo Escobar in Narcos), earns the Best Actor recognition he won at Cannes." –LG (Brazil/France/Netherlands/Germany, 2025, 160m) In person: Kleber Mendonça Filho, Wagner Moura.
Viewed at Chuck Jones's Cinema, Telluride Film Festival (TFF), 31 Aug 2025
AA: Kleber Mendonça Filho's The Secret Agent is a powerful political thriller and one of the best films I have seen about Brazil's coming to terms with its past of a brutal dictatorship. It is an excellent companion piece to one of the best films of last year. Walter Salles's Ainda Estou Aqui / I'm Still Here (2024).
I'm Still Here was based on a true story, but The Secret is a fictional account, however aiming at accuracy in portraying the condition of Brazil in 1977, during the government of Ernesto Geisel. Wagner Moura appears in a double role as Marcelo Alves (also called Armando) - and as his son Dr. Fernando in the epilogue.
Marcelo is a university professor, an internationally renowned technology specialist and an inventor deeply involved in lithium batteries. In São Paulo he has landed into a violent encounter with an industrial magnate concerning patent issues. Now his life is in danger, and the movie's ambience is that of a constant threat and surveillance. We in the audience felt like this historical film was a prophecy of our future in what was known as the Free World.
We enter the Brazilian underworld of dissidents, living in safe houses under assumed names. The indomitable Elza (Maria Fernanda Cândido) runs the network and Dona Sebastiana (Tânia Maria) hosts such a house in which Marcelo can stay. Marcelo finds support also with his father-in-law, Seu Alexandre (Carlos Francisco), who runs the iconic cinema and revival house São Luíz, while taking care of Marcelo's son Fernando.
Cinephilia is a current in the movie, and it has inspired the motif of "the hairy leg", drawn from splatter cinema. It became a running gag in dissident journalism, concealing and signalling at the same time taboo events of violent repression.
The plot is constructed along jumbled timelines, and for a long time it is hard to make sense of what is going on. We have a hold in the present of 1977 but also a key background in what happened before and a today's present in which two young women researchers reconstruct the past and bring their findings on a thumbdrive to an indifferent Fernando.
The Secret Agent portrays with great intensity a condition of corruption, repression and threat. Yet there is also a loose, relaxed, rambling, confusing and sexy ambience of the united colours of Brazil.
"And in the end... ", when all adds up, it is a film about memory: personal and historical.
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WIKIPEDIA: O AGENTE SECRETO
Sinopse
Ambientado no Recife em 1977, durante o período da ditadura militar no Brasil, O Agente Secreto acompanha a trajetória de Marcelo (Wagner Moura), um professor universitário e especialista em tecnologia que retorna à sua cidade natal após anos afastado e fugindo de um passado misterioso e violento em São Paulo, possivelmente ligado a um conflito com um poderoso industrial e a uma patente ou invenção.
Com sua vida em perigo e sob constante ameaça e vigilância, Marcelo busca encontrar um pouco de paz, proteger seu filho pequeno que vive com os avós maternos (o avô é projecionista no icônico Cinema São Luiz), obter informações sobre o status civil de sua falecida mãe trabalhando disfarçado em um cartório, e, eventualmente, deixar o país. Ele encontra refúgio em um "aparelho", uma casa segura com outros dissidentes e figuras marginalizadas, incluindo um casal de angolanos, o líder idoso Euclides, e uma figura maternal chamada Tânia Maria.
Ao tentar se reaproximar da família e do cotidiano, ele percebe que a cidade está sob intensa vigilância e corrupção do regime autoritário, que utiliza avançados recursos tecnológicos para controlar e perseguir opositores. Marcelo acaba envolvido em uma rede de espionagem e conspirações, enfrentando dilemas morais e pessoais enquanto luta para proteger aqueles que ama e desvendar segredos de seu próprio passado e o de sua família.
A narrativa explora temas como repressão política, vigilância estatal, memória, trauma, identidade, o papel da tecnologia no autoritarismo, a manipulação da verdade e a resistência. O filme traça um retrato crítico e sensível da sociedade brasileira durante uma de suas fases mais difíceis, misturando suspense, drama e elementos de thriller, conduzidos pela direção de Kleber Mendonça Filho, que reforça seu estilo de crítica social e política, com toques de folclore local e referências cinematográficas.
Elenco
Wagner Moura como Marcelo / Armando
Carlos Francisco como Seu Alexandre
Tânia Maria como Dona Sebastiana
Robério Diógenes como Euclides
Maria Fernanda Cândido como Elza
Gabriel Leone como Bobbi
Roney Villela como Augusto
Hermila Guedes como Claudia
Isabél Zuaa como Tereza Vitória
Alice Carvalho como Fátima
Laura Lufési como Flavia
Thomás Aquino como Arlindo
Igor de Araújo como Sergio
Udo Kier como Hans
João Vitor Silva como Haroldo
Kaiony Venâncio como Vilmar
Suzy Lopes
Buda Lira
Produção
Desenvolvimento e Roteiro
O Agente Secreto nasceu do desejo de Kleber Mendonça Filho de realizar um "exercício histórico", ambientando a trama em 1977, durante o governo de Ernesto Geisel, um período da ditadura militar brasileira que o diretor considera menos explorado no cinema em comparação com os anos de chumbo mais intensos. O roteiro foi escrito por Mendonça Filho ao longo de três anos, num processo descrito por ele como difícil, com longos períodos de improdutividade até que a história "passa a se escrever sozinha". O roteiro finalizado continha 167 páginas.
A inspiração inicial para um elemento da trama veio de uma notícia de um jornal australiano sobre um tubarão encontrado com uma perna humana em seu ventre, que se transformou em uma homenagem a filmes de exploração dentro da narrativa. Outra sequência, envolvendo uma bomba de gasolina, originou-se de um curta-metragem que o diretor nunca chegou a filmar. Mendonça Filho afirmou que busca com seus filmes "suscitar ideias" em vez de "levar uma mensagem", e que desejava fazer um filme sobre os anos 70 com "detalhes do coração", explorando como indivíduos navegam e resistem a um sistema opressor. O abrigo de "refugiados" no filme simboliza um "bunker de afeição".
O processo de seleção do elenco incluiu a jovem atriz mineira Laura Lufési, que interpreta Flavia, após um processo de testes. O filme marca a segunda colaboração de Mendonça Filho com Udo Kier, após Bacurau.











